Atenção, atenção: tem blockbuster desembarcando no país neste meio de semana! Depois de fazer alguns fãs mais afoitos tentarem o suicídio quando foi anunciado o adiamento da estreia de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", o longa finalmente chega aos cinemas brasileiros nesta quarta-feira, 15. Trata-se do sexto longa da franquia que arrasta multidões nas salas de cinema a cada nova aventura.
Em "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", os feiticeiros estão com os hormônios à flor da pele. O "lado adolescente" de Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint), Hermione (Emma Watson) e cia fica mais evidente. Hermione finalmente começa a demonstrar seus sentimentos com relação a Rony, que, por sua vez, começa a "pegar geral". Já Harry, além do humor inconstante típico da idade, terá de lidar com seu forte sentimento com relação a Gina Wesley (Bonnie Wright), a irmã de seu melhor amigo.
Um problema pequeno perto do que vem acontecendo no mundo. Os Comensais da Morte estão espalhando o terror e a apreensão sobre os próximos passos de Lorde Voldemort (Ralph Fienes) imperam na escola de Hogwarts. Harry se envolverá numa perigosa missão ao lado do diretor Dumbledore (Michael Gambon). Ao mesmo tempo, ficará assustado com o fato de o professor Snape (Alan Rickman) ter se tornado o novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas, deixando a disciplina de Poções para Horacio Slughorn (Jim Broadbent). Mas Harry acabará usufruindo de um velho livro de Poções, com anotações de um tal de "Príncipe Mestiço", que o fará conquistar bom desempenho nas aulas.
"Harry Potter e o Enigma do Príncipe" segue da cartilha dos filmes anteriores (o diretor, David Yates, é o mesmo de "Harry Potter e a Ordem da Fênix") e mantem-se, na medida do possível, bastante fiel ao livro de J. K. Rowling. Essa é sua grande qualidade, mas também seu grande defeito. Os livros são longos e cheios de acontecimentos e se torna inviável a reprodução total e fiel para a tela grande. Assim, algumas explicações são ignoradas e outras passam por uma "adaptação", o que torna o filme mais facilmente compreensível para quem já leu o livro. Talvez por isso já foi anunciado que o último livro da saga, "Harry Potter e as Relíquias da Morte", renderá dois filmes. Assim, é provável que todas as explicações necessárias sejam dadas, para que a cinessérie não se encerre cheia de "buracos".
Por outro lado, a fidelização do filme diante do livro permite um longa bastante funcional. Como se sabe, a narrativa da saga de "Harry Potter" evolui de livro a livro, deixando, aos poucos, os elementos infanto-juvenis de lado para retratar o lado sombrio que envolve o universo da magia, com consequências diretas no mundo "dos trouxas". O tom sombrio também aparece cada vez maior nos filmes, deixando-os cada vez mais interessantes.
André Santana
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