
“Jean Charles”, o primeiro deles, conta a história real de Jean Charles de Menezes, brasileiro morto pela polícia britânica em 2005 após ser confundido com um terrorista. Mesmo a gente já sabendo como essa história termina, vale a pena acompanhar.
O filme não se prende às discussões éticas acerca do ocorrido: não pretende julgar o trabalho da polícia. O diretor Henrique Goldman optou por uma narrativa com tom realista, bastante focado em Jean como ser humano, ressaltando sua personalidade e sua vida. O resultado é um retrato de brasileiros que buscam no exterior uma chance para ter uma vida melhor. Selton Mello interpreta o personagem-título, mas o filme conta ainda com nomes como Vanessa Giácomo, Daniel de Oliveira, Patrícia Armani, Sidney Magal, Renu Setna, Marek Oravec, David Blakeley, Craig Henderson, Ewan Ross e Luis Miranda.

Jean Charles
O segundo é “A Erva do Rato”, que funde elementos de dois contos de Machado de Assis, “A Causa Secreta” e “Um Esqueleto”. Ele (Selton Mello) e Ela (Alessandra Negrini) são os únicos em cena. Aliás, não os únicos: há também um rato! Aparentemente. Ela, professora, com o pai morto há apenas três dias, não tem mais ninguém no mundo. Diante de tal situação, Ele se propõe a cuidar dela enquanto for vivo. Este é o início de uma estranha relação. Os dois personagens dividem a mesma casa e cama, mas a rotina é atrapalhada pela chegada de um rato, que começa a roer as fotografias íntimas que o homem tira da companheira.“A Erva do Rato”, de Júlio Bressane, também será exibido no Festival do Rio, a partir desta segunda (29), às 20h, no Cine Palácio 1. Isso depois de ter sua première mundial no mais recente Festival de Veneza, na mostra paralela Horizontes.
A Erva do Rato
André Santana
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