Quando se fala num senhor voando por aí agarrado a balões, logo nos lembramos daquele padre que não sabia usar o GPS. Mas não é nada disso. É só a arte imitando a vida, na nova animação Disney – Pixar estreia neste final de semana nos cinemas brasileiros. “Up – Altas Aventuras” chega para comprovar (se é que alguém ainda tinha alguma dúvida) de que a animação não está restrita a filmes infantis e funciona como uma comédia para todas as idades. E com possibilidades múltiplas, além de belas imagens que já valem o ingresso do cinema.
Em “Up”, conhecemos o velhinho Carl Fredricksen, um vendedor de balões de 78 anos que sonha em voar sobre as florestas da América do Sul. Quando sua casa se torna um problema para uma construtora, que pretende construir um prédio bem ali, ele prende milhares de balões nela e sai a voar por aí em sua casa voadora. Mas Carl, ao contrário do que pensava, não está sozinho: um garotinho de 8 anos, Russell, também está na casa e os dois agora estão juntos nesta grande viagem. Imagine as confusões que podem surgir da convivência entre um moleque mala sem alça e um velho rabugento!
“Up – Altas Aventuras” consegue mostrar que a evolução da animação continua constante. É extremamente bem feito. Porém, o longa não repete a inspiração de filmes como “Procurando Nemo”, “Os Incríveis”, “Ratatouille” ou “Wall-E”, filmes de animação da Pixar que surpreenderam e se tornaram unanimidade e referência no setor. Mas funciona como um bom entretenimento, como “Bolt” ou “Carros”.
Com direção de Peter Docter, de “Monstros S.A.”, e roteiro de Bob Peterson, de “Ratatouille”, o filme conta com Edward Asner, Christopher Plummer e Jordan Nagai em seu elenco de vozes. Prefira a versão nacional, com Chico Anysio, o homem das mil faces (e das mil vozes), que consegue imprimir uma personalidade toda especial ao protagonista.
André Santana
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