23 agosto 2010

"O Livro de Eli": mundo devastado pela guerra

. 23 agosto 2010

O fim do mundo é um tema que sempre atrai muita gente, seja na literatura, no cinema e até na TV. Filmes apocalípticos estão em voga e discutem sobre um mundo onde o caos se instala e a humanidade se torna refém do medo. Alguns crêem que essa espécie de “curiosidade mórbida” se acentuou depois de 11 de setembro de 2001, mas a verdade é que o desconhecido sempre chama a atenção.

Recente filme a tratar do assunto é “O Livro de Eli”, longa dos irmãos Albert e Allen Hughes (de “Do Inferno”) já disponível em DVD. O filme, baseado em história em quadrinhos de mesmo nome de Allan Moore, se passa num mundo pós-apocalíptico, onde o planeta se encontra devastado depois de uma guerra nuclear. A trama não revela detalhes sobre como a devastação aconteceu, preferindo se concentrar no futuro a partir daquele momento, 30 anos depois da tal guerra. Não há mais meios de comunicação, água potável é um bem valiosíssimo e até canibalismo existe. Uma espécie de volta à pré-história, visto que grande parte desta nova geração pós-destruição nem ao menos aprendeu a ler.

Neste cenário desolador, Eli (Denzel Washington) anda, testemunhando momentos críticos desta realidade. Ao encontrar um vilarejo, o andarilho descobre que tem em mãos uma arma poderosa: um livro que traz respostas valiosas. O tal livro desperta a cobiça do manda-chuva local, Carnegie (Gary Oldman), que fará de tudo para tomá-lo de Eli. Este, por outro lado, junta-se a Solara (Mila Kunis) para proteger a obra a qualquer custo. Afinal, não é um livro qualquer. Trata-se do último exemplar da Bíblia Sagrada!

A trama de “O Livro de Eli” se desenrola com a rivalidade entre o personagem-título e seu inimigo, chegando a uma conclusão surpreendente. É daqueles filmes que o espectador vai querer ver pela segunda vez, a fim de buscar detalhes que passaram despercebidos.

André Santana

0 xícaras tomadas.: