18 novembro 2009

"2012": O mundo está acabando de novo!

. 18 novembro 2009

O que seria do mundo sem o presidente dos Estados Unidos sempre pronto para o sacrifício em busca da salvação da humanidade? Essa pergunta parece saída da boca de algum estadunidense patriota convicto, mas também é a indagação de uma conclusão elaborada depois de assistir a algum filme-catástrofe hollywoodiano. Mas se você não está nem aí para o “excesso cívico” americano e busca uma diversão com uma pitada de reflexão (?), a boa da semana é o badalado “2012”, que estreou na última sexta-feira, 13, em circuito nacional de cinema.


O longa de Roland Emmerich se baseia numa profecia real Maia, que diz que no dia 21 de dezembro de 2012 um raro alinhamento cósmico dará início à destruição do mundo. Quando o céu começa a cair, entra em cena o presidente dos EUA, vivido por Danny Glover, que forma uma equipe de cientistas que tentam impedir as catástrofes naturais das quais o mundo está condenado. A equipe científica, no decorrer do filme, vai se esbarrar com a família de Jackson Curtis (John Cusack), o “herói comum” da trama. Ele é um escritor mal sucedido que trabalha como motorista e sai para acampar com os dois filhos, que teve com a ex-mulher Kate (Amanda Peet).

Não espere nada muito diferente de “Independence Day” e “O Dia Depois de Amanhã”, outros filmes que mostram a destruição da Terra e que também levam a assinatura de Emmerich. O enredo se desenvolve, assim como nos longas anteriores, no campo da pesquisa científica que se encontra com pessoas comuns, desdobrando-se a partir dos dramas pessoais dos protagonistas. Para muitos, o enredo nada mais é que uma desculpa para usar e abusar de impressionantes cenas de destruição. São realmente surpreendentes! Não há como ficar indiferente diante de uma imagem extremamente real da destruição do Cristo Redentor por uma onda gigante, como podemos ver no pôster ao lado.

Catástrofes naturais estão sempre em voga, não só no cinema, como na vida real. Afinal, tivemos um recente caso de tsunamis que arrasou com a vida de muita gente. Usar uma profecia Maia para idealizar cenas lotadas de efeitos especiais, por mais que respire clichês, não deixa de ser uma maneira de mostrar o que pode vir a acontecer com o planeta já tomado pelo desequilíbrio ambiental gerado pelas mãos do homem. Mais que uma diversão de final de semana, pode ser uma oportunidade de acordar para os problemas reais do planeta que “gritam” todos os dias. É tudo uma fantasia, mas com um pezinho na realidade que choca. E preocupa.

André Santana

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