04 novembro 2009

50 anos de história de Moacir C. Lopes.

. 04 novembro 2009


Neste mês de Novembro um grande nome da Literatura Brasileira comemora 50 anos de escrita e este post é destinado a ele.



Moacir Costa Lopes nasceu em 11 de junho de 1927, em Quixadá, Ceará. Perdeu o pai aos 2 anos e a mãe aos 11 de idade. Fez seus estudos em Quixadá, Baturité, Fortaleza e Rio de Janeiro. Desde criança é leitor compulsivo de Literatura de Cordel e de folhetins literários que chegavam a Quixadá.
Por sofrer constantes maus tratos do tio foge de casa e segue para Maranguape, onde passa a trabalhar e morar numa estalagem. Localizado pelo tio, regressa a Fortaleza e ingressa na Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará em dezembro de 1942.
Já como marinheiro, em plena Segunda Guerra Mundial, viaja para a Base Naval de Natal, de lá para Recife, embarcando no encouraçado São Paulo, vindo depois para o Rio de Janeiro. Embarca em vários navios, conhece muitas ilhas, duas das quais, o Atol das Rocas e a Ilha das Trindades, o inspirarão no tema de dois de seus futuros romances.
Escreve, em 1944, um romance, que não chega a concluir. Começa a escrever, em 1949, a bordo do contratorpedeiro Baependi, o romance Maria de cada porto, com o qual vem a estrear em dezembro de 1959.

Residindo no Rio de Janeiro desde 1944, passa a colaborar no jornal Humaitá, da Associação dos Marinheiros, com poemas e crônicas. Mesmo sendo os marinheiros proibidos de estudar, estudou música no Liceu de Artes e Ofícios, por pretender ser também violinista, e fez o curso completo de Inglês, e a extensão de outros cursos de humanidades.
Passa a trabalhar no comércio e publica os romances Maria de cada porto (1959), obtendo os prêmios “Coelho Neto”, da Academia Brasileira de Letras, e “Fábio Prado”, da União Brasileira de Escritores, São Paulo, Chão de mínimos amantes (1961), Cais, saudade em pedra (1962), A ostra e o vento (1964), Belona, latitude noite (1968), todos eles com grande repercussão no Brasil e no exterior, além de traduções na Tchecoslováquia, na Rússia, na Bulgária, na Itália, radioteatralizações na Polônia e em Portugal.
Deixando de trabalhar no comércio, foi colaborador da Enciclopédia Delta Larousse, sob a direção de Antônio Houaiss. Passa a dar aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e na Faculdade Hélio Alonso, nas áreas de Comunicação Social, Jornalismo, Relações Públicas. Em 1969, funda a Editora Cátedra, com a escritora Eduarda Zandron, editora pela qual publicam cerca de mil autores nacionais, a maioria estreantes.
Casa-se com a escritora Eduarda Zandron, e tem dois filhos, Fábio Martins Lopes, em 1968, e Saulo Martins Lopes, em 1973.
Seu romance A ostra e o vento, que, desde seu aparecimento, despertou grande interesse em vários cineastas brasileiros e estrangeiros, foi adaptado para o Cinema, em 1997, sob o mesmo título, com roteiro e direção de Walter Lima Jr.

Lança, pela Quartet Editora, no ano 2000, seu novo romance O Almirante Negro (Revolta da Chibata – A Vingança). Em 2001, pela Quartet Editora, sai a sua edição italiana, L’ostrica e il vento, em tradução de Gian Luigi De Rosa, Salerno, Itália. Também em 2001, é editado seu livro Guia prática de criação literária, ensaio/didático, pela mesma Quartet Editora, que lança também, em 2003, seu nono romance, Onde repousam os náufragos. Lançou, em 2006, As fêmeas da Ilha da Trindade, e, em 2007, A ressurreição de Antônio Conselheiro e a de seus 12 apóstolos, além da reedição de outras obras suas atualmente esgotadas. Tem escritos, para publicação oportuna, dois volumes de suas reminiscências, ainda sem título definitivo, e prepara seu décimo segundo romance, a ser editado em 2010, entre vinte e um livros já editados, incluindo ensaios e literatura infantil.
Para saber mais sobre o autor e suas obras, acesse o site http://www.moacirclopes.com.br/index.php. Seus livros podem ser encontrados em todas as livrarias do brasil, mas só na Livraria Cultura e nosite das lojas Americanas.com os leitores do Café Expresso encontram os melhores descontos.
Passe por lá e confira.
Por Janaína Moraes.

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